segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Prelúdio de Natal

Natal, e não Dezembro
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

                          David Mourão-Ferreira

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Concerto de Natal

No dia 13 de Dezembro pelas 16:00, a Escola Secundária Júlio Dantas irá receber os Alunos da Academia para um concerto de Natal. Contamos contigo!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Montra de vitrinismo

Na biblioteca está uma exposição de trabalhos realizados pelas alunas do 12º curso profissional de Vitrinismo.









Dia Internacional dos Direitos Humanos


No dia 10 de Dezembro assinala-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos e a Biblioteca da nossa escola junta-se às comemorações. Urge termos uma consciência desperta e atuante para os desafios deste milénio de modo a vivenciarmos a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim, convidamos professores e alunos a visitar as exposições aqui presentes e a participar nas atividades, com os parceiros Centro de Formação Dr. Rui Grácio e Associação «a Rocha». 


quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Feira do Livro

Feira do Livro


  Aparece na Biblioteca da Júlio Dantas no dia 29 e 30 de Novembro. Compra um livro da Livraria Ria Formosa, para ti e para um amigo, contamos contigo!



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sugestão de leitura do Mês de Novembro

Sugestão de leitura do Mês de Novembro- "A Confissão de Lúcio"- escrito por Mário de Sá-Carneiro


Sinopse: Eis a história de um artista que é capaz de criar vida, e não só arte. E que, obedece a uma exigência de comunicação excessiva, louca, radical. Aventuras interseccionistas num cenário cosmopolita segundo um gosto “decadente”. Tudo escrito de uma forma límpida, fluida, capaz de tornar presentes aos olhos do leitor a realidade enigmática dos destinos, as sensações misturadas ou a mais secreta das perturbações. De facto, esta é uma versão ficcional que Sá- Carneiro nos oferece da feérie expressionista da sua poesia. E que, publicada em 1914, fica como a obra- prima da narrativa do tempo de Orpheu,ou até de todo o Modernismo português.

Sugestão de leitura do Mês de Outubro

Sugestão de leitura do Mês de Outubro- "Pescadores de estrelas" por Helena Malheiro
Sinopse: Pescadores de Estrelas é um livro sobre todos aqueles que sonham com estrelas e com mundos por descobrir, um livro sobre o outro lado do universo, aquele lado que muito raramente pressentimos e que de repente entrevemos, numa noite diferente ou numa madrugada de névoa. São dezanove contos sobre o desmedido firmamento da vida onde nos movemos, pontuada aqui e acolá por uma estrela reveladora. O mistério domina tudo, o inquietante e infinito mistério de existir espraia-se dentro de nós ou derrama-se no mundo sob todas as suas formas: a procura da identidade, os fascinantes segredos da infância ou da adolescência, a terrível e mágica teia do amor ou muito simplesmente a busca desenfreada do sentido da palavra. Onde nos encontramos, permanentemente perdidos, dentro ou fora de nós, num inextricável labirinto de sentidos? Estes contos, por vezes de uma romântica de deliberada inocência, aliam-se por vezes a um clima fantástico, para nos presentearem com a insólita irrealidade de um mundo que para sempre permanece desconhecido.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sugestão de leitura do Mês de Setembro

Requiem para o navegador solitário escrito por Luís Cardoso
Sinopse: “Nunca devias ter vindo.” Mas Catarina veio e ficou. Chegou com a ilusão de ir ao encontro da felicidade e descobriu como enfrentar a realidade da vida quando o sonho acaba. Determinada a encontrar o seu príncipe encantado, descobre-se a si mesma em Timor, uma “ilha perdida no fim do mundo”, onde se cruzam estórias de partidas e chegadas, heróis esquecidos e malfeitores, poetas e viajantes. Numa sucessão de episódios extraordinários em que a sorte e o acaso se confundem, Catarina tece o seu próprio destino e chega à conclusão que vale a pena esperar nem que seja por “Um sol, um gato, uma onda, uma ave, uma brisa, um náufrago, um fantasma ou, quiçá, o solitário viajante dos mares.” Requiem para o Navegador Solitário é um romance de formação, reflexo iniciático do percurso de vida atribulado de uma personagem em busca de um real alternativo: retrata ainda acontecimentos cruciais da nossa história, que se entrelaçam com o imaginário mítico timorense, constituindo um importante testemunho de um período conturbado em que o Ocidente e o Oriente se encontram num fogo cruzado, em pleno cenário da Segunda Guerra Mundial. Cristina Collier

Livro do Mês de Novembro

Livro do Mês de Novembro- O Cônsul Desobiente escrito por Sofia Louro
Sinopse: “Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30 000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar. Nascido numa família com laços à aristocracia, Aristides cursa Direito em Coimbra e opta por uma carreira consular. Vive nos locais mais exóticos de África e nos mais cosmopolitas da Europa. Cônsul em Bordéus durante a Segunda Guerra, é procurado por milhares de refugiados para quem um visto para Portugal é a única salvação. Sem ele, morrerão às mãos dos alemães. Infelizmente, Salazar, adivinhando as enchentes nos consulados portugueses, proibira a concessão de vistos a estrangeiros de nacionalidade indefinida e judeus. Sob os bombardeamentos alemães, espremido entre as ameaças de Salazar, as súplicas dos refugiados e sua consciência, Aristides sente-se enlouquecer. E então toma a grande decisão da sua vida: passar vistos a todos quantos os pedirem. Salvará 30.000 inocentes mas destruirá irremediavelmente a sua vida.”

Livro do Mês de Outubro

Livro do Mês de Outubro- Rio das Flores escrito por Miguel Sousa Tavares
Sinopse: Sevilha, 1915 - Vale do Paraíba, 1945: trinta anos da história do século XX correm ao longo das páginas deste romance, com cenário no Alentejo, Espanha e Brasil. Através da saga dos Ribera Flores, proprietários rurais alentejanos, somos transportados para os anos tumultuosos da primeira metade de um século marcado por ditaduras e confrontos sangrentos, onde o caminho que conduz à liberdade parece demasiado estreito e o preço a pagar demasiado alto. Entre o amor comum à terra que os viu nascer e o apelo pelo novo e desconhecido, entre os amores e desamores de uma vida e o confronto de ideias que os separam, dois irmãos seguem percursos diferentes, cada um deles buscando à sua maneira o lugar da coerência e da felicidade. Rio das Flores resulta de um minucioso e exaustivo trabalho de pesquisa histórica, que serve de pano de fundo a um enredo de amores, paixões, apego à terra e às suas tradições e, simultaneamente, à vontade de mudar a ordem estabelecida das coisas. Três gerações sucedem-se na mesma casa de família, tentando manter imutável o que a terra uniu, no meio da turbulência causada por décadas de paixões e ódios como o mundo nunca havia visto. No final sobrevivem os que não se desviaram do seu caminho.
Imagens da Biblioteca

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia 22 de Outubro de 2012

Uma chave para o passado, presente e futuro!

No Mês das Bibliotecas, a nossa escola AESJD comemorou o Dia Internacional das Bibliotecas com a receção dos alunos do 9º Ano. Todos participaram nas atividades e responderam positivamente ao desafio.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sabemos que uma obra de arte exprime sentimentos e emoções do artista e que provoca nas pessoas emoções estéticas."A arte dirá a palavra decisiva e de maior peso. Sem a nova arte não haverá o novo homem." (VIGOTSKI) Vinde assistir à exposição de trabalhos presentes na nossa Escola. Eis algumas sugestões para pensarmos: «Por meio da Arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada.» (BARBOSA, 2003) «Em realidade, como seria desolador o problema da arte na vida se ela não tivesse outro fim senão o de contagiar muitas pessoas com os sentimentos de uma. Seu significado e seu papel seriam extremamente insignificantes, porque em arte acabaríamos sem ter qualquer outra saída desses limites do sentimento único, exceto a ampliação quantitativa desse sentimento.» (VIGOSTKI, 2001) «As artes fornecem um dos mais potentes sistemas simbólicos das culturas e auxiliam os alunos a criar formas únicas de pensamento. Em contato com as artes e ao realizarem atividades artísticas, os alunos aprendem muito mais do que pretendemos, extrapolam o que poderiam aprender no campo específico das artes. E, como o ser humano é um ser cultural, essa é a razão primeira para a presença das artes na educação escolar.» (FERREIRA, 2001)

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sugestões poéticas para seduzir no Dia dos Namorados...

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões


Pela luz dos olhos teus

Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar
Meu amor, juro por Deus
Que a luz dos olhos meus já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus sem mais lará-lará
Pela luz dos olhos teus
Eu acho meu amor que só se pode achar
Que a luz dos olhos meus precisa se casar.

Vinícius de Moraes

Não Posso Adiar o Amor Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o rneu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Sigam a sugestão...

«A Opereta dos Vadios», de Francisco Moita Flores
Uma farsa política onde o humor e a ironia conduzem o leitor pelos meandros dos partidos políticos num país falido



De repente, o País ficou de sobrolho carregado. Zangado. A bancarrota revolveu os intestinos da política e entregou ao Povo um sarilho cheio de fome. A democracia, com a barriga cheia de teias de aranha, desatou a vomitar vermes. De testa franzida. Fazedores de milagres. Gente que perdeu a virtude do riso. Portugal transformou-se num protectorado alemão e o Zé Francisco, velho anarquista, exilado em Paris, com os seus amigos de sempre, vindos de todos os lados da política decidiram criar um novo partido político, dispostos a ganhar as próximas eleições. Um grupo de vadios intelectuais, sem eira nem beira, olhando desesperados para os sonhos antigos desfeitos em cinzas. E avançam, munidos de armas terríveis. A mais letal de todas elas é a gargalhada. Sem programa político, que é caro e ninguém lê, distribuem arroz PUN, provocam o riso e os vadios riem de si próprios. A democracia dos homens sisudos e sérios, cheia de cangalheiros formatados no mesmo fato de ideias feitas, estremece. A Direita e a Esquerda, ou vice-versa, embasbacam perante este movimento que sacode o país e lhe mata a fome. No meio da desorientação a polícia erra os alvos e os comentadores estrebucham quando são confrontados com um bando de bem dispostos.
É esta A Opereta dos Vadios. Não sei se será assim a política da bancarrota. Mas se for não virá nenhum mal ao mundo por causa de umas valentes gargalhadas. Afinal, mais vale um político que sabe rir do que uma legião de rapazes sisudos, de gravata escura, empenhados em levarem-nos até aos confins da amargura.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo 2012

Neste Ano Novo, a Biblioteca da Escola Secundária Júlio Dantas saúda a toda a comunidade com pequenos pensamentos de gente grande e de todos os tempos... Para pensar e seguir...


«O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.», Henry Ford

«Jamais haverá ano novo, se continuar a copiar os erros dos anos velhos.», Luís de Camões

«Quem nunca errou nunca experimentou nada novo.», Albert Einstein

«Ninguém pode voltar no tempo e fazer um novo começo.Mas podemos começar agora e fazer um novo Fim!», Bob Marley